RESUMO
Atrás da boca
Uma cortina de fel.
Nem às vezes são remédio
As constelações do teu corpo.
Desenhar o céu diurno.
Quem me apresentará o cálice
No qual se bebe a manhã?
Rasgou-se o manto de púrpura.
Resta o diálogo com a sombra,
O encontro do muro espesso
De onde surge um deus amargo
Reclamando o que não fiz.
(Murilo Mendes)